quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dona da sanitária Dragão quer elevar faturamento


Com tecnologia exclusiva e mais sustentável, pernambucana Interlândia investe forte para crescer


Dona da água sanitária Dragão, a Interlândia está com planos ousados. Detentora de uma tecnologia única no mundo, o PET resistente ao hipoclorito de sódio, a empresa quer que seu faturamento cresça quase 50% até 2013, chegando perto dos R$ 120 milhões anuais. Para isso, pretende mudar o endereço e ampliar a fábrica de Pernambuco, comprar máquinas novas e ganhar mercado na Região Norte.
Do alto dos seus 64 anos, a Interlândia é uma empresa familiar que mantém, no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, uma fábrica de equipamentos modernos e aparência modesta. De certa forma, reflete um pouco do espírito da indústria. O produto carro-chefe é simples: solução aquosa com mínimo de 2% e máximo de 2,5% de hipoclorito de sódio.
Mas os níveis de tecnologia e solidez de gestão são altos. A fórmula do PET resistente à água sanitária foi patenteada há três anos e chama a atenção de industriais do Brasil e do exterior. O diretor comercial Ângelo de Abreu e Lima explica que, além de 20% mais barato e 30% mais leve do que o polietileno, usado nas garrafas de outras marcas, o PET que embala a água sanitária Dragão é reciclado e reciclável. Outra vantagem é a aparência final, que apresenta menos falhas no acabamento.
Entretanto, não é só ecologicamente que a empresa tem que ser sustentável. Financeiramente também. Atualmente, o faturamento da indústria fica em torno de R$ 80 milhões, mas os diretores querem ver essa cifra saltar até 15% até dezembro. E não titubeiam quando falam de 2013: a meta é incrementar as vendas totais em 30%. A expansão é um dos caminhos para atingir esse alvo. Hoje, além da fábrica pernambucana, a indústria mantém uma planta em Maceió, de onde sai a maior parte dos 8 milhões de litros de produtos de limpeza fabricados mensalmente. O portfólio inclui água sanitária perfumada e desinfetante. A planta de Alagoas é quase três vezes maior do que a de Pernambuco. Em Maceió, onde está há seis anos, a Interlândia encontrou condições sedutoras, como isenção de ICMS para compras dentro do estado e fornecedores próximos.
Para a nova unidade de Pernambuco, o gerente industrial Godofredo Júnior, diz que o ideal é que fosse em Abreu e Lima, às margens da BR-101. Outro Estado que eles visam para o crescimento orgânico é o Ceará, que os deixaria mais próximos do mercado da Região Norte. Hoje, fora do Nordeste, apenas o Pará compra da Interlândia. Dentro dessas novas paredes, serão postas máquinas mais avançadas, importadas do Canadá, que vão dar mais celeridade à produção.

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