sexta-feira, 8 de junho de 2012

Heineken vai estimular consumidor a trocar cachaça por cerveja

De olho no aumento do poder de renda da população, a Cervejaria Heineken quer incentivar os consumidores a beber mais cerveja do que cachaça. Paulo Macedo, vice-presidente de Relações Corporativas da Cervejaria Heineken, disse que trabalha em duas frentes para crescer no Brasil. “A primeira é a aposta no mercado popular, que compete diretamente com a cachaça. E, a segunda, é no crescimento do segmento premium, que hoje representa apenas 7% do mercado.” 

As marcas mais populares da cervejaria, que incluem nomes como Bavaria e Kaiser, já são conhecidas de longa data do público brasileiro. Para elas, fica a responsabilidade do volume de vendas da empresa. No ano passado, foram comercializados 1,15 bilhão de litros das cervejas “populares”. “O número vai crescer este ano”, garantiu Macedo, sem adiantar as cifras. Enquanto as marcas populares brigam com a concorrência e com a cachaça, a cervejaria se direciona para o segmento premium, que tem preços pelo menos 20% maiores do que o restante do portfólio e vendeu 50 milhões de litros em 2011. 

A Heineken, principal marca da empresa, cresceu 87% no ano passado. Por isso, vai ganhar destaque nos negócios da cervejaria com R$ 30 milhões de investimento para ter sua produção dobrada, atingindo 150 milhões de litros por ano. A fábrica de Araraquara (SP), que foi adquirida com a compra da divisão de cerveja do grupo Femsa em 2010, é o destino do aporte. Atualmente, a cerveja é produzida somente na unidade de Jacareí (SP). As obras de expansão começaram em setembro de 2011 e devem ser finalizadas em agosto. 

O valor das cervejas do grupo deve aumentar até o fim deste ano. Macedo relatou que cerca de 50% dos custos da empresa são provenientes de tributos nacionais, estaduais e municipais. “Com o aumento da carga tributária a partir de outubro, é impossível não repassar para o consumidor”, disse, sem revelar percentuais.

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