quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dona da sanitária Dragão quer elevar faturamento


Com tecnologia exclusiva e mais sustentável, pernambucana Interlândia investe forte para crescer


Dona da água sanitária Dragão, a Interlândia está com planos ousados. Detentora de uma tecnologia única no mundo, o PET resistente ao hipoclorito de sódio, a empresa quer que seu faturamento cresça quase 50% até 2013, chegando perto dos R$ 120 milhões anuais. Para isso, pretende mudar o endereço e ampliar a fábrica de Pernambuco, comprar máquinas novas e ganhar mercado na Região Norte.
Do alto dos seus 64 anos, a Interlândia é uma empresa familiar que mantém, no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, uma fábrica de equipamentos modernos e aparência modesta. De certa forma, reflete um pouco do espírito da indústria. O produto carro-chefe é simples: solução aquosa com mínimo de 2% e máximo de 2,5% de hipoclorito de sódio.
Mas os níveis de tecnologia e solidez de gestão são altos. A fórmula do PET resistente à água sanitária foi patenteada há três anos e chama a atenção de industriais do Brasil e do exterior. O diretor comercial Ângelo de Abreu e Lima explica que, além de 20% mais barato e 30% mais leve do que o polietileno, usado nas garrafas de outras marcas, o PET que embala a água sanitária Dragão é reciclado e reciclável. Outra vantagem é a aparência final, que apresenta menos falhas no acabamento.
Entretanto, não é só ecologicamente que a empresa tem que ser sustentável. Financeiramente também. Atualmente, o faturamento da indústria fica em torno de R$ 80 milhões, mas os diretores querem ver essa cifra saltar até 15% até dezembro. E não titubeiam quando falam de 2013: a meta é incrementar as vendas totais em 30%. A expansão é um dos caminhos para atingir esse alvo. Hoje, além da fábrica pernambucana, a indústria mantém uma planta em Maceió, de onde sai a maior parte dos 8 milhões de litros de produtos de limpeza fabricados mensalmente. O portfólio inclui água sanitária perfumada e desinfetante. A planta de Alagoas é quase três vezes maior do que a de Pernambuco. Em Maceió, onde está há seis anos, a Interlândia encontrou condições sedutoras, como isenção de ICMS para compras dentro do estado e fornecedores próximos.
Para a nova unidade de Pernambuco, o gerente industrial Godofredo Júnior, diz que o ideal é que fosse em Abreu e Lima, às margens da BR-101. Outro Estado que eles visam para o crescimento orgânico é o Ceará, que os deixaria mais próximos do mercado da Região Norte. Hoje, fora do Nordeste, apenas o Pará compra da Interlândia. Dentro dessas novas paredes, serão postas máquinas mais avançadas, importadas do Canadá, que vão dar mais celeridade à produção.

Expansão dos orgânicos esbarra em preços elevados e logística

Embora o mercado para produtos orgânicos esteja se expandindo rapidamente no Brasil, os produtores ainda enfrentam barreiras para chegar aos consumidores. A avaliação é de produtores orgânicos reunidos na conferência Green Rio, evento de agricultura orgânica paralelo à Rio+20.

As principais dificuldades enfrentadas são com relação à logística. Produtores reclamam que, devido ao volume menor de produtos orgânicos transportados, em relação aos convencionais, os custos se tornam maiores, refletindo no preço final. Isso dificulta também a distribuição para varias regiões do Brasil

Além disso, os preços mais elevados são inerentes às condições de produção dos itens orgânicos, uma vez que, por não utilizar adubação química, eles levam mais tempo para chegar ao ponto de colheita. 

Laudemir Müller, secretário nacional de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) acredita que estratégias de governo possam equilibrar os preços. O órgão tem uma política de crédito específica para os orgânicos e uma assistência técnica e de extensão rural, segundo Muller.

Dori inaugura fábrica para produzir amendoim

A nova instalação, construída exclusivamente para a produção de derivados do grão, fica em Marília (SP), e foi inaugurada ontem (25/06).

Serão produzidas 3 mil toneladas mensais de confeitos doces e salgados de amendoim na nova unidade. Foram investidos R$ 10 milhões na construção, e outros R$ 5 milhões em aportes estão previstos para 2013. 

Os produtos à base de amendoim respondem hoje por 24% das vendas líquidas da Dori no País. Com o incremento da nova fábrica, a empresa projeta um crescimento de 18% nos resultados de 2012.

Desde o ano 2000, a produção de amendoim no Brasil cresceu mais de 75%. Com o uso de novas tecnologias, a produtividade também avançou, em 60%.

Forno de Minas quer elevar faturamento em 45% neste ano


Um plano de investimentos de R$ 40 milhões, iniciado em 2009, está agora rendendo frutos à empresa. Com o aumento da demanda pelo consumidor, a Forno de Minas espera faturar R$ 160 milhões neste ano, 45% a mais do que os R$ 110 milhões de 2011.

O montante investindo inclui a expansão da fábrica em Contagem (MG) e o aumento na produção. Para este ano, o volume mensal produzido pela Forno de Minas deve crescer 50%, de 1.000 para 1.500 toneladas. A companhia estuda, inclusive, criar um terceiro turno de trabalho, produzindo 24h por dia.
Além disso, a Forno de Minas aposta na diversificação de seus produtos. A empresa está lançando waffles, empadas, empanadas e tortinhas, espera que os novos itens representem 20% do faturamento ao fim de 2012.

Intenção de consumo das famílias recua pelo segundo mês seguido


O índice apresentou retração de 0,6% em junho, frente a maio, caindo de 139,8 pontos para 138,9, segundo a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A escala vai de 0 a 200, e demonstra otimismo quando acima dos 100 pontos.

Em maio, a ICF (Intenção de Consumo das Famílias) já havia apresentado queda de 3,8% em relação a abril. 

O resultado de junho foi pressionado, sobretudo, pela queda de 5,2% do item Perspectiva de Consumo. Os destaques positivos foram os segmentos Momento para Duráveis (4,7%) e Emprego Atual (1,2%).

Pão de Açúcar irá vender arroz orgânico produzido pelo MST

O acordo foi fechado na Cúpula dos Povos, que fez parte da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra de 15 toneladas de arroz orgânico produzido pela Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita, ligada ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), para vender em suas lojas na região Centro-Oeste.

A transação, realizada com o apoio do programa governamental Brasil Sem Miséria, foi a maior já realizada pelo MST com uma grande rede. O arroz é produzido sem o uso de agrotóxicos em assentamentos no Rio Grande do Sul.

Segundo Paulo Pompílio, diretor de Relações Institucionais do Pão de Açúcar, a rede tem interesse em manter negócios com cooperativas ligadas ao Movimento, e de ampliar cada vez mais estas iniciativas. O MST espera manter transações semanais de dez toneladas até o final do ano. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

ERROS BÁSICOS POSEM ENSINAR MUITO MAIS SOBRE O SEU NEGÓCIO DO QUE VOCÊ IMAGINA


Por que os empreendedores devem errar

Por Camila Lam

Das grandes às pequenas empresas, alguns erros no planejamento do negócio são inevitáveis. “O erro faz parte da vida do empreendedor”, afirma Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (GVcenn) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Mas, o empreendedor não pode deixar que um erro acabe com o seu negócio.
Para Afonso Cozzi, coordenador do núcleo de empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, um negócio não pode ser pensado somente a curto prazo: é preciso conciliar a necessidade de sobrevivência e o futuro da empresa. “É importante conhecer bem o seu mercado e a demanda. Não basta só ter conhecimentos técnicos”, explica.
Como errar faz parte, é importante se esforçar para tirar uma boa lição dos erros, principalmente quando a empresa é bem pequena e há menos coisas importantes em risco. Com a ajuda de especialistas, Exame.com listou alguns dos principais erros cometidos porempreendedores e as lições que podem ser tiradas destas situações.
1. Planejar é chato, mas essencial
“No momento em que a pequena empresa começa a crescer, alguns empreendedores têm problemas para organizar o negócio”, afirma Pacheco. Para Andreassi, a principal consequência de não ter um planejamento para a sua pequena empresa é que diferente de uma grande corporação, a estrutura do seu negócio pode não superar os erros.
Neste caso, o empreendedor precisa entender que planejar é essencial para minimizar as chances dos negócios irem mal. “É preciso sempre repensar a estrutura organizacional e as potenciais mudanças do produto ou serviço oferecido”, explica Paulo Pacheco, professor de administração e marketing do Ibmec Minas Gerais.
2. Sócios e colaboradores devem ser escolhidos a dedo
“Não pode ter sentimentalismo”, afirma Cozzi. Escolher bem com quem o empreendedor irá trabalhar é essencial para que a empresa dê certo. “O sócio precisa estar realmente motivado e comprometido com o negócio desde o primeiro momento”, afirma

3. Informação é vital para sobreviver
De acordo com os especialistas, perder oportunidades por não estar bem informado é um erro comum no mundo do empreendedorismo. Pacheco alerta que o empreendedor precisa estar constantemente observando as mudanças que ocorrem no seu setor, principalmente aquelas que podem modificar toda a estratégia e a dinâmica de atuação da empresa.
“Tem que ter determinação para buscar mais conhecimento, novas habilidades e se capacitar para se adaptar no mercado”, explica. Participar de eventos, fazer networking e ler bastante são algumas recomendações de Andreassi. “Aprender a cultivar seu networking ajudará a minimizar erros e a partir do momento que você detém mais informações é preciso usá-las a seu favor”, ensina.
4. Inovação requer investimento - sempre
As principais consequências de insistir neste tipo de erro é que o produto ou serviço ficará obsoleto e a empresa perderá competitividade no mercado. “Participar de feiras, entrar em contato com fornecedores e pesquisar em sites internacionais são algumas maneiras de buscar inovação”, afirma Andreassi.
5. Delegar faz parte da rotina
Para Andreassi, o erro consiste em o empreendedor querer fazer tudo sozinho e não confiar na sua equipe. E, insistir nesse erro fará com que os funcionários da empresa não se sintam satisfeitos e que o empreendedor não dê conta de todas as responsabilidades.“O empreendedor precisa olhar para o negócio dele e lembrar que ele tem que saber controlar e delegar”, afirma Pacheco. A principal lição que deve ser tirada desta situação, de acordo com os especialistas, é da necessidade de buscar informações sobre gestão de pessoas e aprender a fazer um bom gerenciamento para reter os bons funcionários na empresa.

6. É preciso conhecer finanças
Para Cozzi, o caminho mais simples para acabar com um negócio é não entender que ser capaz de sustentar a empresa durante um curto prazo é um passo para que ela tenha uma vida longa. “Se o empreendedor já começa a ter grandes despesas sem ter entrada de renda e se compromete com empréstimos, acaba entrando em um círculo vicioso”, explica.
“Os números estão lá e indicam muitas coisas, só que às vezes o dono não vê ou não quer enxergar”, afirma Pacheco. Ele explica que alguns empreendedores que não percebem detalhes só buscam ajuda quando há uma piora no fluxo de caixa. “É preciso ter o mínimo de conhecimento de finanças”, diz.

FRANCESES E SUÍÇOS VÃO BRIGAR TAMBÉM PELO LEITE


Rivais nos mercados de iogurte e água mineral, Danone e Nestlé passam a ser concorrentes também no segmento de leites especiais

Na Nestlé, ninguém, por mais distraído que seja, diz que tomou "um Danone". A rixa corporativa é recíproca. Na Danone, ninguém pronuncia o nome da rival - no máximo, referem-se "aos suíços" da concorrente.


As duas multinacionais de alimentos brigam arduamente no mercado de iogurtes há décadas. Começaram, há quatro anos, a disputar também o consumidor de água mineral. Agora terão mais um campo para se enfrentar: a Danone está lançando seu leite longa vida premium, segmento inaugurado pela Nestlé no Brasil em 2009 e que atraiu a brasileira BRF ano passado.


Os novos leites enriquecidos com ferro, zinco e vitaminas D e E (por isso são considerados premium) estão chegando agora aos supermercados do Estado de São Paulo com a marca Danone. Os leites longa vida Paulista - marca que pertence à empresa desde 2000 - continua como está. "Os suíços começaram esse mercado e fizeram um bom trabalho. Agora chegou a nossa vez de fortalecer esse segmento com a nossa marca", diz Mariano Lozano, presidente da Danone Brasil, fazendo referência à Nestlé.


Bilhões. O mercado de leite no Brasil é bilionário e o segmento dos especiais é ainda mais atrativo - pois é o filão que cresce. No ano passado, o consumo de leite de caixinha chegou a 5,7 bilhões de litros. Mas dentro dessa categoria, a venda de leite comum caiu 0,4% em volume. Os especiais, ao contrário, cresceram na casa dos dois dígitos (31,4%, segundo a consultoria Kantar). Só a Nestlé registrou alta de 54% nas vendas (em volume) de leites premium.


"Esse é um mercado pequeno que ainda tem muito espaço para crescimento", afirma Lozano. Hoje, segundo dados da Kantar, os especiais somam 1,9% do total de leites de caixinha vendidos no País. Em 2009, eram 1,5%. "No México onde os especiais foram lançados há mais tempo, eles já representam 50% do mercado", afirma Lozano.


Toda categoria madura, como é a de leite, tende a passar por uma transformação. "Quando uma categoria cresce tanto, atingindo a maior parte dos consumidores, ela começa a se segmentar e é isso o que tem acontecido com o leite", afirma Eduardo Eisler, vice-presidente de estratégia de negócios da Tetra Pak, empresa que produz embalagens longa vida.


Mas não é só a expansão da categoria que atrai empresas para os leites enriquecidos. Elas também estão interessadas em aparecer mais. "A empresa passa a expor sua marca em uma prateleira do supermercado que antes não ocupava. Isso ajuda a marca a ganhar mais visibilidade", diz Eisler.


Mão dupla. É essa a jogada da Danone. Para os franceses, entrar em uma nova categoria funciona como reforço de marca. O nome Danone, conhecido dos iogurtes - onde a marca é líder, com 28% de participação em volume e 38% em valor - pode ajudar a levar mais consumidores dos leites de caixinha comuns a passarem para o premium. E vice versa, uma vez que leite, para os supermercados, é o que se chama de "categoria geradora de tráfego". É um produto que atrai o consumidor para a loja. "O que acontece é que a pessoa vai ao supermercado comprar leite mais vezes do que compra iogurte", diz Lozano. "Como nosso foco continua sendo iogurte, esperamos que a marca nas duas prateleiras reforce a frequência de compra de iogurtes", diz.


O preço mais elevado, porém, pode ser um fator de exclusão se a marca não for bem trabalhada. Isso porque, segundo a Nielsen, metade dos consumidores ainda escolhe o leite de caixinha pelo valor - buscando sempre o preço mais baixo. Outros 33% dos compradores decidem pela marca e 24%, pela qualidade.


Esses dois grupos de consumidores - que não decidem pelo preço e representam mais da metade do total - ajudam a explicar por que a experimentação do leite premium é tão alta. "Cerca de 14% a 15% dos consumidores já compraram pelo menos um litro de leite especial no último ano", diz o vice-presidente da Tetra Pak. "O leite é um produto querido e, quando há novidade na prateleira, é sempre um atrativo."


A BRF, dona da marca Batavo, sabe disso. Tanto que, sete meses depois de reposicionar a marca e lançar sua linha de leite premium, a empresa coloca agora outra novidade no mercado. "É um leite semidesnatado com 1,5% de gordura, que é um pouco mais que a média de 1% da concorrência", explica Roberta Morelli, gerente de Marca e Inovação da unidade de Lácteos da BRF. "Isso faz com que o sabor do semidesnatado se aproxime mais do gosto do integral, que é a preferência do brasileiro." Ao que parece, nessa categoria tão homogênea, qualquer 1% de novidade, conta.

MUDAR PADRÃO DE CONSUMO É DESAFIO


A transição para uma economia sustentável esbarra em um ponto crítico: o fato de que o consumo, nos padrões atuais, continua a ser o motor de muitas economias, inclusive a do Brasil. Nos debates da Rio+20, esse é um tema crucial, que tem apoio de muitos países e blocos, como a União Europeia e os africanos, mas também enfrenta resistências de peso, como dos EUA. Há quem entenda que a posição americana tem cunho ideológico, segundo o qual há áreas em não é papel do Estado interferir.

O pano de fundo dessa discussão na Rio+20 é a inclusão, no documento-base da conferência, de compromissos para a futura implementação de um programa-marco de dez anos sobre padrões de consumo e de produção sustentáveis. A versão do texto negociado que está circulando indica que o cumprimento desse programa pelos países deve ter caráter voluntário e não obrigatório.

A iniciativa visa dar meios de capacitação e apoio a comunidades em níveis locais e regionais. "É possível ter uma moldura global sobre o assunto. Mas isso está sendo negociado", diz Charles Arden-Clarke, do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma).

Ele diz que A União Europeia (UE) tem um programa chamado "Switch Asia", de € 150 milhões, que vem ajudando 18 países asiáticos a mudar para padrões sustentáveis de produção e de consumo. Clarke lembra que o Brasil também tem uma estratégia nacional para produção e consumo sustentáveis. O caminho nessa direção pode ser mais demorado a partir de escolhas do governo, como a recente decisão de tentar estimular a economia reduzindo o IPI dos carros. "Isso não vai ajudar", disse

Uma pergunta nesse debate é como fazer para continuar a crescer a partir de um consumo menos focado em bens e mais em serviços. Esse movimento requer não só políticas governamentais, mas um trabalho de longo prazo de educação e de mudança de hábitos de consumo. "Isso pode levar a que uma pessoa opte por aproveitar a praia ao invés de usar um jet ski."

Ao incluir o tema na declaração da Rio+20, abre-se um caminho para continuar trabalhando. Esse processo exigirá produzir conhecimento científico que permita criar políticas ligadas a consumo sustentável. "É o início de um processo que, depois, terá que ser [mais bem] definido", diz Luis Flores, responsável de políticas e campanhas do escritório regional da ONG Consumers International, que reúne entidades de consumidores.

Flores entende que a Rio+20 discute a produção e o consumo com foco no impacto sobre o ambiente. A ideia é que, ao mudar padrões de consumo e produção, seja possível produzir bens de modo mais eficiente, com menos custos e maior rentabilidade para as empresas, poluindo menos e reduzindo o impacto ambiental.

"Queremos reforçar o vínculo do consumo sustentável, além do ambiente, em temas como saúde pública e crise financeira", diz Flores. Um exemplo está no efeito que o consumo excessivo de açúcar e de sal tem sobre a saúde humana e, por consequência, sobre os orçamentos públicos dos governos.

Essa mudança requer investimento, tecnologia e politicas que contemplem vários tipos de incentivos. "Consumo e produção são o centro do desenvolvimento sustentável", diz Arden-Clarke. "Não teremos desenvolvimento sustentável a menos que a gente mude para um novo padrão."

O economista Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, de Nova York, chama a atenção para a urgência do assunto. "Se apenas expandirmos a economia fazendo o mesmo tipo de coisa, vamos ultrapassar limiares cruciais, criando um grande problema para a biodiversidade e para a humanidade."

CLASSE D SUPERA CLASSE B EM CATEGORIAS DE CONSUMO


A Classe D ultrapassou a Classe B em pelo menos oito categorias de consumo, de acordo com pesquisa realizada pelo Data Popular em dezembro de 2011. Com uma renda que varia de R$ 79,00 a R$ 327,00 per capita e R$ 952,00 na renda total domiciliar, a Classe D consumiu no último ano R$ 363,3 bilhões em produtos e serviços. O valor é maior, por exemplo, que o PIB do Chile ou da soma do PIB do Equador, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Panamá e Guatemala.
A alimentação em casa está em primeiro lugar na lista de itens em que a Classe D ganha da Classe B. Enquanto a primeira gasta R$ 66,8 bilhões anualmente, a segunda consome R$ 37,9 bilhões. Os medicamentos ficam em segundo lugar, com R$ 16 bilhões contra R$ 11,4 bilhões. A terceira posição é ocupada pelo transporte urbano: são gastos R$ 14,8 bilhões pela baixa renda e R$ 8,1 bilhões pela Classe B.
Em quarto lugar está eletrodomésticos e eletroeletrônicos (R$ 10,9 bilhões na Classe D e R$ 8,7 bilhões na Classe B), seguido por higiene e beleza (R$ 9,6 bilhões e R$ 8,6 bilhões, respectivamente), móveis (R$ 8,2 bilhões e R$ 7,7 bilhões), bebidas (R$ 6 bilhões e R$ 4,6 bilhões) e artigos de limpeza (R$ 3,5 bilhões e R$ 2,1 bilhões).
Entre as regiões, o Sudeste responde por 41,8% do consumo dos produtos. O Nordeste aparece em segundo lugar, com 29,4%. Em terceiro está o Sul, com 14,1%. O Centro-Oeste e o Norte contribuíram com 7,8% e 7%, respectivamente.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ambev aposta no futebol para turbinar vendas da Brahma

O apelo ao esporte é a estratégia da Ambev para aumentar as vendas da marca Brahma no estado de São Paulo. A cervejaria pretende oferecer descontos para clientes com cartão de fidelidade dos principais times de São Paulo, além de lançar latas com estampas dos clubes, fechou acordo com a PepsiCo para as marcas Toddynho, Torcida e Gatorade entrarem na ação. A intenção é aumentar a base de venda, compensando a perda de faturamento com os baixos preços.


Além disso, a Ambev vai repassar 1% da receita bruta das vendas de latas de Brahma para seis clubes de São Paulo: Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Ponte Preta e Portuguesa. A verba vai para um fundo, gerido por uma equipe da própria Brahma e será repassada aos clubes no fim do ano, em forma de obras de infraestrutura.


Garrafas retornáveis

De olho na Rio + 20, cúpula mundial sobre meio-ambiente que acontece neste mês no Rio de Janeiro, a Ambev tenta trazer de volta o consumo das garrafas de vidro no Brasil, consideradas de menor impacto ambiental.

A cervejaria está incentivando as redes de varejo a criar um espaço “pit stop” nos supermercados para a venda do produto. 

A embalagem de vidro também representa economia no preço. A versão de 300 ml sai a R$ 0,99, enquanto a lata custa R$ 1,70, destaca a Ambev.

Empresas se ajustam ao novo Código de Defesa do Consumidor


Pesquisa da Amcham, com 32 executivos das áreas de finanças, marketing e legislação, aponta que 91% acreditam que a empresa onde trabalham está preparada para atender às alterações do novo Código de Defesa do Consumidor. O projeto com as mudanças está na pauta de debates do Senado Federal, desde março, sem previsão de quando será votado.
De acordo com os profissionais ouvidos pela Amcham, entre os pontos previstos no novo código, o que causará maior impacto sobre seus negócios é a regulamentação do comércio eletrônico (47%). Outras mudanças que devem ter efeitos significativos são: o aperfeiçoamento das regras para defesa do consumidor, com possibilidade de renegociação de dívidas por meio de ações coletivas com credores (31%), e o combate à oferta excessiva de crédito e ao superendividamento (16%).

Cresce número de funcionários com menos de um ano de casa


De acordo com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o percentual de pessoas com menos de um ano no emprego vem aumentando desde 2006. Por outro lado, cai o índice de profissionais que estão há mais de cinco anos no mesmo trabalho. Esse movimento é visível na taxa de rotatividade calculada pelo ministério, que aumentou cerca de 30% nos últimos seis anos.

Em 2011, 19,8 milhões de trabalhadores foram desligados (demitidos ou a pedido próprio) e outros 21,8 milhões foram admitidos. Isso indica que 55% do total de vagas existentes no mercado de trabalho no final de 2010 "mudou" de ocupante ao longo do ano seguinte. Esse índice, conhecido como taxa de rotatividade, era de 42% em 2006.
Em abril de 2012, último dado disponível, 16,7% dos trabalhadores estavam no máximo há um ano no atual emprego (considerando a população ocupada em empregos formais). A fatia de profissionais nessa condição vem aumentando. Em 2006, eles eram 13,3% do total.

Fabio Romão, da LCA Consultores, acredita que a formalização do mercado de trabalho contribui para que esse resultado se acentue. "O aumento do emprego formal incorporou muitos trabalhadores nas estatísticas do MTE. E eles, que foram formalizados, normalmente estão há pouco tempo no emprego. Na maior parte, são pessoas de nível de instrução e qualificação mais baixos, o que, no passado, dificultava que elas tivessem a carteira assinada”. 

Segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de ocupação sem carteira de trabalho assinada no setor privado passou de 14,6% para 10,5% entre abril de 2006 e o mesmo mês deste ano, enquanto os com carteira assinada, que representavam 41,7% dos ocupados, hoje são 48,9%, na mesma comparação.

O economista da LCA explica que a escassez de mão de obra em alguns segmentos do mercado de trabalho força o empregador a ocupar essas vagas formais com profissionais que, muitas vezes, não estão preparados para o cargo. "O empresário não tem escolha. Esse grupo de pessoas, que entra no mercado de trabalho formal, é o principal responsável pelo aumento da rotatividade", diz Romão.

O consultor também não descarta que a diferença entre gerações contribui para o aumento da taxa de rotatividade. "Quem entra no mercado de trabalho hoje não viveu um histórico de inflação alta e incertezas quanto ao futuro, isso acaba deixando a pessoa com mais disposição a arriscar", explica.

Heineken vai estimular consumidor a trocar cachaça por cerveja

De olho no aumento do poder de renda da população, a Cervejaria Heineken quer incentivar os consumidores a beber mais cerveja do que cachaça. Paulo Macedo, vice-presidente de Relações Corporativas da Cervejaria Heineken, disse que trabalha em duas frentes para crescer no Brasil. “A primeira é a aposta no mercado popular, que compete diretamente com a cachaça. E, a segunda, é no crescimento do segmento premium, que hoje representa apenas 7% do mercado.” 

As marcas mais populares da cervejaria, que incluem nomes como Bavaria e Kaiser, já são conhecidas de longa data do público brasileiro. Para elas, fica a responsabilidade do volume de vendas da empresa. No ano passado, foram comercializados 1,15 bilhão de litros das cervejas “populares”. “O número vai crescer este ano”, garantiu Macedo, sem adiantar as cifras. Enquanto as marcas populares brigam com a concorrência e com a cachaça, a cervejaria se direciona para o segmento premium, que tem preços pelo menos 20% maiores do que o restante do portfólio e vendeu 50 milhões de litros em 2011. 

A Heineken, principal marca da empresa, cresceu 87% no ano passado. Por isso, vai ganhar destaque nos negócios da cervejaria com R$ 30 milhões de investimento para ter sua produção dobrada, atingindo 150 milhões de litros por ano. A fábrica de Araraquara (SP), que foi adquirida com a compra da divisão de cerveja do grupo Femsa em 2010, é o destino do aporte. Atualmente, a cerveja é produzida somente na unidade de Jacareí (SP). As obras de expansão começaram em setembro de 2011 e devem ser finalizadas em agosto. 

O valor das cervejas do grupo deve aumentar até o fim deste ano. Macedo relatou que cerca de 50% dos custos da empresa são provenientes de tributos nacionais, estaduais e municipais. “Com o aumento da carga tributária a partir de outubro, é impossível não repassar para o consumidor”, disse, sem revelar percentuais.

SOCOCO VAI DUPLICAR PRODUÇÃO

A Sococo, maior empresa brasileira de água de coco e coco ralado, prepara uma guinada em suas atividades, com a construção de uma unidade voltada somente para o seguimento de líqüidos saudáveis. A mudança representa um salto de 100% na produção e reposicionamento da empresa na otimização de sua estrutura verticalizada - do plantio à comercialização. A nova estratégia está sendo traçada desde 2008, quando a empresa se transformou na maior envasadora de água de coco do Brasil, com produção anual de 35 milhões de litros.

Em Mojú, no Pará, será inaugurada uma fazenda de coqueiros anões que se destinarão exclusivamente à produção de água de coco no próximo ano. Como resultado, em 2015 a empresa terá capacidade de envase de 70 milhões de litros. Ainda 2012, também implantará um novo Centro de Distribuição (CD) no Sudeste. "A decisão atende a urgente demanda do mercado", afirma o diretor comercial do Grupo Sococo, Paulo Roberto Gomes. "O segmento de bebidas saudáveis tem crescido de forma desafiadora, em alguns casos, acima de dois dígitos", completa.

O foco dessa mudança vem acompanhado de uma estratégia de ampliação da linha de produtos. A empresa renovou as embalagens de água de coco, introduziu a embalagem de 330ml que formará o mix de água de coco com as de 1 litro e as de 200ml. Além disso, a empresa vai focar no desenvolvimento de águas de coco da linha Sococo Mais, que tem os sabores maracujá e tangerina. Nesse mesmo segmento, a empresa, lançou em 2012 a marca Red Nose, posicionando água de coco saborizada no campo dos isotônicos.

Embora o Brasil tenha uma participação inferior a 10% na produção mundial, a Sococo tem uma das maiores plantações do planeta e continuará investindo no aumento do seu plantio. A fazenda de Mojú (PA) tem um milhão de coqueiros e colhe diariamente mais de 500 mil frutos. O faturamento do grupo no segmento de cocos é de R$ 600 milhões por ano. O investimento na estruturação do segmento de líqüidos, envolvendo nova área de cultivo, equipamentos e marketing é de R$ 60 milhões.

A Sococo é empresa líder no mercado de derivados de coco no Brasil. Fundada em Maceió na década de 60, possui três unidades localizadas em Maceió (AL), Mojú e Ananindeua (PA). Atualmente é uma das maiores referências do gênero alimentício em todo o mundo. Além das maiores plantações de coco do planeta, conta também com laboratórios e oficinas onde investe em pesquisa, tecnologia e mão de obra, priorizando a auto sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.

Social ( Marcas que eu gosto 2012)








Marcas que eu gosto 2012

A revista vem parabenizar os ganhadores do prêmio Marcas que eu gosto 2012 , credibilidade aliada à preferência do consumidor. Parabéns aos nossos clientes - Vitarella , Asa , Pitú e Hiper Bompreço.  É muito bom fazer parte desse sucesso !