domingo, 2 de setembro de 2012

Reclamações contra empresas na internet devem ser cautelosas


Reclamações contra hospitais, médicos, lojas: há de tudo na internet. A primeira opção, porém, do consultor de turismo Luiz Souza Júnior, foi procurar a loja de móveis e reclamar do atraso na entrega de um guarda-roupa. Foi ignorado. Partiu então para um desabafo na rede social, e ainda citou o nome do gerente.
“Para divulgar para outras pessoas, outros seguidores, outros meios de comunicação, como eu estava sendo atendido pela loja”, afirma Luiz. Só depois disso, foi procurado pelo serviço de atendimento ao consumidor da empresa. ”Eles já me deram prazo de entrega e prazo de montagem do objeto”, diz.
As pessoas se sentem mais livres para escrever na internet, botam uma boa dose de emoção e por isso mesmo podem acabar perdendo o controle.
Uma dessas páginas recebe, por mês, oito milhões de visitas. São 300 mil reclamações. Antes das mensagens serem enviadas às empresas, as reclamações passam por monitores. “Para evitar o constrangimento para o profissional, e uma possível ação judicial desse profissional contra o consumidor”, explica o presidente da empresa, Maurício Vargas.
Foi o que aconteceu com a mensagem do auxiliar de atendimento John Santos, que se queixou de uma compra que chegou fora do prazo prometido pela loja. “Eu chamei os vendedores de mentirosos, mas acabaram editando. Depois que eu fui ver a gravidade do que poderia acontecer, foi melhor”, diz.
O advogado Vitor Hugo Freitas faz um alerta aos consumidores que costumam se soltar na internet. “Ele acaba invadindo a esfera de privacidade da empresa ou do profissional liberal e normalmente isso deságua no Poder Judiciário, ou através de um processo criminal de injúria, difamação e calúnia, seguido de um processo civil de indenização”, explica.

 

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