quarta-feira, 25 de abril de 2012

PÃO DE AÇÚCAR ACEITARÁ PAGAMENTO VIA CELULAR


O Pão de Açúcar está prestes a aceitar o pagamento de compras via celular. De acordo com Hugo Bethlem, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar, o novo modelo será testado a partir de maio em alguns pontos de venda específicos da bandeira, que servirão como piloto para a implementação da operação nas lojas da rede.
Desenvolvido em parceria com o Itaú, e em um primeiro momento uma exclusividade para donos de cartões Itaucard, o sistema permitirá inclusive a autorização remota dos pagamentos, caso o dono do celular não esteja presente e outra pessoa da família vá à loja fazer as compras.
A iniciativa vai de encontro ao desejo do consumidor. Um estudo recente da IBM mostrou que 87% dos brasileiros gostariam de usar dispositivos móveis para pagar por produtos e serviços.
PRATELEIRAS VIRTUAIS
Paralelamente, o Pão de Açúcar também tem estudado outros usos para os celulares em suas lojas. Uma possibilidade é a instalação de vitrines virtuais em locais públicos de grande circulação de pessoas, nas quais os smartphones servem como meio de compra.
Em 2011, o Tesco, por meio da bandeira Homeplus (na qual é sócia da Samsung), instalou uma loja virtual no metrô de Seul, capital da Coreia do Sul. As compras eram entregues nos endereços indicados no mesmo dia. Desde então, a rede britânica Ocado e a australiana Woolworth´s, abriram lojas virtuais temporárias sob o mesmo conceito, em um shopping center de Londres e na estação de Town Hall, em Sydney, respectivamente.
“Já temos tecnologia para fazer algo parecido em São Paulo”, revela Bethlem, do Pão de Açúcar. “A questão agora é onde colocar estas prateleiras virtuais. Será que no metrô da cidade não tem muita gente, seria esse o público alvo? Ou a avenida Faria Lima, na saída do Shopping Iguatemi, é um lugar mais apropriado? A conversa está neste ponto”, completa o VP do Grupo Pão de Açúcar, sem precisar uma data para colocar o projeto em execução.

EXTRA QUER CONCORRER COM C&A, RENNER E RIACHUELO


O grupo Pão de Açúcar está reinventando o departamento têxtil da rede Extra e com isso quer ser mais uma referência no segmento fast fashion no mercado brasileiro, concorrendo com varejistas como C&A, Renner e Riachuelo, principais representantes desse setor por aqui.
Hugo Bethlem, vice-presidente de relações corporativas do grupo Pão de Açúcar, afirma que a ideia é concorrer diretamente com grandes lojas de departamento desse mercado.
“Estamos reposicionando esse setor dentro do grupo. Temos uma coleção exclusiva assinada pelo estilista Marcelo Sommer e contratamos a Camila Pitanga, referência de bom gosto para a nossa campanha Outono/Inverno”, afirmou o executivo.
Segundo ele, as vendas do primeiro trimestre já tiveram impacto positivo com a estratégia adotada pelo grupo, mas deve ser ainda melhor agora no segundo trimestre, principalmente, por conta do Dia das Mães.
Primeiro trimestre
O grupo Pão de açúcar divulgou dados preliminares das vendas referentes ao primeiro trimestre do ano. No período, as vendas brutas totalizaram 13,6 bilhões de reais, alta de 10,4% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
De acordo com Bethlem, o crescimento das vendas no trimestre está em linha com a expectativa do grupo e foi influenciado principalmente pelo bom desempenho das bandeiras Assaí, Extra Super e Minimercado.



quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Revista apoia !

GRUPO PÃO DE AÇÚCAR TROCA EXTRA FÁCIL POR MINIMERCADO EXTRA

Com a estratégia de atuar em diferentes canais, a marca Extra decidiu reposicionar o formato e a marca Extra Fácil, para Minimercado Extra.
Para a implantação do novo formato e inauguração das novas lojas, a empresa vai investir R$ 36 milhões. Esse valor será aplicado desde na modernização e adequação do formato e da marca, até no layout, sortimento e comunicação, As novas lojas passarão a ter área de venda maior e focar em perecíveis. O projeto de conversão do formato das lojas começa com a expansão dos negócios. O objetivo é que, até o final deste ano, estejam em operação 19 Minimercados Extra, 14 deles originários de Extra Fácil e cinco de inaugurações. A finalização da conversão das 66 lojas Extra Fácil está prevista para o 1º semestre de 2012.
Os ajustes do novo modelo e a escolha do nome demandaram aproximadamente 18 meses de estudo e 6 pesquisas, entre levantamentos com o consumidor e com especialistas. Nesse período, o modelo foi passando por ajustes, os quais foram testados com o consumidor. Entre as questões que envolviam a análise, estava a expectativa do consumidor em relação a um mercado de bairro e como a marca poderia atendê-lo neste momento de compra.
Segundo João Simões, diretor de operações do Minimercado Extra, para lançar o novo modelo foram feitas avaliações sobre o que o consumidor precisa e, a partir daí, foi reestruturado o formato, agregando valor, principalmente, às seções de perecíveis.
Além da mudança de nome, os estudos realizados ao longo dos últimos meses, incluíram uma nova proposta de operação, layout e sortimento oferecido nas lojas. Dentre as melhorias se destacam: maior área de vendas, com cerca de 300m² (100m² a mais que a média das unidades do modelo anterior); ampliação dos serviços e da quantidade de checkouts. O quadro de colaboradores aumentou em 100%, o que resultará em um atendimento especializado nas seções de açougue, frios e padaria, que também contarão com um balcão de auto serviço. No setor de Frutas, Verduras e Legumes, o formato ampliou o sortimento na linha de processados e manteve a variedade de mercearia para o dia-a-dia, totalizando um mix de 3.500 itens.
Os resultados de venda demonstram a boa aceitação do consumidor. Nas cinco lojas pilotos, as vendas cresceram 40% em comparação ao antigo formato. A expectativa é que as lojas transformadas mantenham os índices de elevação do faturamento na mesma proporção.

SUPERMERCADOS VÃO DAR ‘SACOLA VAIVÉM’

O consumidor que for ao supermercado em São Paulo deverá levar sua sacola de casa. É que terminou o prazo de 60 dias acertado entre a associação de supermercados paulistas, o Procon-SP e o Ministério Público estadual para o consumidor se adaptar à mudança.
Quem se esquecer de levar a sacola de casa poderá comprar um modelo reutilizável “vaivém” e devolvê-lo na próxima compra. O consumidor poderá pegar o dinheiro de volta ou abater o valor da sacolinha “vaivém” na conta.
A alternativa deve chegar aos supermercados de São Paulo em um mês e é uma das ações em estudo pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) em parceria com técnicos do Procon.
“Ainda não temos todos os detalhes de como será essa operação. A ideia é atender ao consumidor que já tem sacolas reutilizáveis em casa, mas esquece, na última hora, de levá às compras”, diz João Galassi, presidente da Apas.
Outra ação que será feita é o barateamento das reutilizáveis. Pelo acordo feito em fevereiro, as lojas têm de oferecer até agosto ao menos um modelo de sacola retornável por R$ 0,59.
Os supermercados também reiteram o pedido ao governo de São Paulo para reduzir o ICMS para sacolas reutilizáveis e sacos de lixo produzidos com material reciclado.
Para a Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos), a redução não é “o caminho correto”.
“O Estado não pode abrir mão da receita de arrecadação para justificar uma campanha feita pelos supermercados que querem substituir a sacolinha por saco de lixo”, diz Miguel Bahiense, presidente da Plastivida.

L’ORÉAL QUER TIRAR A LIDERANÇA DA UNILEVER

Há 2,5 anos morando no Rio de Janeiro, o parisiense Pierre Emmanuel Angeloglou, diretor superitendente da divisão de produtos de grande público da L´Oréal Brasil, tem um plano ambicioso. Ele quer arrancar a Unilever, dona de Seda e Dove, da liderança do mercado brasileiro de produtos para cabelos, um negócio que faturou R$ 10 bilhões no ano passado a partir da venda de 1,2 bilhão de unidades de xampus, condicionadores, cremes de tratamento e cremes para pentear. Isso significa tirar a marca Elsève, da L´Oréal, do terceiro lugar com uma participação de 8,5% de mercado, ultrapassar a vice-líder Pantene, da P&G, e alcançar Seda, da Unilever, que ocupa o primeiro lugar com 16,4%. O que ocorre é que Seda, embora a Unilever negue, vem perdendo participação nos últimos anos.
Estima-se que, em 2000, a marca tinha por volta de 20% de market share. Em novembro passado, em uma clara reação, a Unilever anunciou investimento de R$ 500 milhões na categoria de cabelos, o que envolveu reformulações de embalagens e fórmulas e a introdução de novas marcas no País, como Tresemmé e Keratinology.
As dificuldades enfrentadas pela Unilever levam Angeloglou a acreditar que tem grandes chances de ultrapassá-la no médio e longo prazo. “Vejo uma inversão dos players deste mercado, o que valida a chance de conquistarmos a liderança nos próximos anos”, observa. Para mais do que dobrar o market share de Elsève, cuja participação tem se mantido estável nos últimos meses, a L’Oréal fará  neste ano, o maior investimento da história da marca no País. O investimento, não revelado, envolve a reformulação de toda a gama de 80 produtos, como mudanças na embalagem e fórmula, além de vários lançamentos ao longo do ano. Produtos para cabelos respondem por mais de 50% do faturamento da L´Oréal Brasil, que fechou 2011 com vendas de R$ 1,8 bilhão.
Com o aumento do poder aquisitivo da brasileira e a entrada de mais produtos na cesta de compra de limpeza e beleza, como cremes para tratamento do cabelo, Elsève resolveu sofisticar sua marca para torná-la uma espécie de negócio “premium de massa”. O primeiro passo para fortalecer Elsève poderá ser visto nos próximos dias nas prateleiras e se chama Arginina, aminoácido responsável pelo crescimento do cabelo, que estará presente na composição dos produtos e dará o nome à nova linha da marca. A garota-propaganda será a cantora Jennifer Lopez.

Revista NE Supermercados e Paul MacCartney

MERCADO DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL FATURA R$ 4 BILHÕES EM 2011

Valor representa crescimento de 4,2% em relação a 2010 e foi resultado da queda dos preços do milho e da soja. Expectativa é que sejam produzidas 48 milhões de toneladas até o fim de 2012O mercado de nutrição animal movimentou R$ 4 bilhões em 2011, de acordo com o Sindicato da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). O valor representa um crescimento de 4,2% em relação a 2010 e, segundo a organização, foi resultado da queda do preço do milho, da soja e de outros ingredientes como farinha de carne e vísceras. A expectativa é que a produção do setor atinja o total de 48 milhões de toneladas fabricadas até o fim de 2012.

Um sorriso vale ouro

Cerca de um quarto dos consumidores não receberam sorrisos durante o atendimento em 2011. É o que aponta a oitava edição do estudo global Smiling Report, conduzido pela Better Business World Wide em 32 países. O resultado é produto da avaliação de mais de 1,6 milhão de clientes ocultos e indica queda de 10% na qualidade do atendimento, em relação ao último período em que a pesquisa foi produzida, entre 2004 e 2007.
O Paquistão foi o país com o menor índice de sorrisos (37%), enquanto Áustria e Paraguai lideram com 96% cada. Dividem a segunda posição Islândia e Ucrânia, ambas com 93%. Em 2011, 79% dos clientes ocultos foram cumprimentados e 45% receberão sugestões dos vendedores durante a compra.
O setor de saúde e beleza foi o que teve o melhor desempenho, com média de 89%, seguido por hotelaria (85%). A indústria do transporte apresentou o resultado mais baixo, com 51% de sorrisos. O estudo também avaliou que, ao longo de 2011, foram realizadas 45% de “vendas casadas”, a partir da sugestão dos vendedores. Letônia e Colômbia tiveram os melhores índices nessa variável, com 90% e 74%, respectivamente.
Os países com o desempenho mais baixo nesse quesito foram Chipre (15%), Grécia (22%) e Suécia (23%). Na análise das categorias, o setor automobilístico se destacou no campo das sugestões, com índice de 64%, seguido por transportes (44%), varejo (43%) e lazer (38%). No Brasil, a pesquisa foi realizada por meio da Shopper Experience.

SADIA REFORMULA EMBALAGENS E AMPLIA LINHA DE PIZZAS

 Sadia amplia sua linha de pizzas congeladas com o lançamento de seis novos sabores. Os consumidores de todo o país poderão encontrar os produtos nas opções: Marguerita, Portuguesa, Pepperoni e Mussarela com Bacon. Dentre os lançamentos, pela primeira vez, a marca apresenta versões “meia a meia”: Meia Mussarela/Meia Calabresa e Meia Mussarela/Meia Frango com Caturipy.
Além dos lançamentos, toda a linha teve a massa reformulada para ficar mais macia por dentro e com a borda levemente crocante.
“Nossas pesquisas com consumidores indicaram que essa é a textura de massa preferida”, destaca Eduardo Bernstein, diretor de Marketing de Cárneos da BRF, empresa detentora da marca Sadia. As embalagens também estão com novo layout, com destaque para uma fatia sendo retirada, o que garante mais appetite appeal (estímulo ao paladar). O executivo destaca ainda que os sabores lançados estão entre os mais pedidos nas pizzarias.

NO VAREJO E NO ATACADO, INFLAÇÃO TEM COMPORTAMENTO FAVORÁVEL NO 1º TR

O comportamento da inflação no primeiro trimestre foi muito favorável, sobrando boas notícias no atacado e no varejo. Preços administrados, alimentos e serviços perderam fôlego, enquanto os bens duráveis seguiram em deflação. Embora ainda pareça improvável a convergência do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o centro da meta, de 4,5%, cresceram as chances de um indicador abaixo de 5% em 2012.

Para abril, porém, a situação deve ser menos benigna. O IPCA tende a se acelerar, na esteira de fatores como o reajuste do cigarro e da alta de algumas tarifas de água e esgoto , ao mesmo tempo em que se espera alguma aceleração no atacado, com avanço do minério de ferro e um quadro menos positivo para as commodities.

Já no primeiro trimestre, o resultado foi dos mais tranquilos. O economista Fabio Romão, da LCA Consultores, aponta como um fator importante "o vento desinflacionário" que veio de fora do país, com o comportamento favorável das commodities. Isso ajudou nas cotações dos preços agropecuários no atacado e de alimentos no varejo. No IPCA, o grupo de alimentação e bebidas teve alta de 1,3% no primeiro trimestre, bem abaixo dos 2,2% de igual período de 2011.

Romão também destaca o aumento mais modesto dos preços administrados (como tarifas públicas). Um exemplo são as passagens de ônibus urbano, que tiveram altas expressivas em 2011, e estão bem mais comportadas neste ano. Em São Paulo, as tarifas não devem subir em 2012, ano de eleições municipais. De janeiro a março deste ano, os preços administrados no IPCA avançaram 0,9%, muito abaixo dos 2,2% do mesmo intervalo de 2011.

O álcool, que tanto pressionou a inflação no ano passado, mostrou um resultado muito mais benigno neste ano, como ressalta o coordenador de análises econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. No primeiro trimestre de 2012, as cotações do produto caíram 2,3% no IPCA -, nos primeiros três meses do ano passado haviam subido 17,9%.

Uma das notícias mais positivas é que até mesmo os preços de serviços (como aluguel, mensalidades escolares e empregado doméstico) tiveram desaceleração, lembra Romão. Na nova classificação do Banco Central, que passou incluir nesse grupo a alimentação fora do domicílio e as passagens aéreas, os serviços avançaram 2,8% no primeiro trimestre. Segundo cálculos da LCA, a alta nos primeiros três meses de 2011 teria sido de 3,5%, caso o reagrupamento do BC já fosse adotado no ano passado.

Para o economista-chefe do J.P. Morgan, Fabio Akira, o fato de a economia avançar a um ritmo fraco por três trimestres (o terceiro e o quarto de 2011 e o primeiro deste ano) pode ser uma das explicações para a alta um pouco mais fraca dos serviços neste ano. Ele pondera, contudo, que esse grupo segue avançando em ritmo superior ao dos outros preços - no primeiro trimestre, o IPCA teve variação de 1,22%.

Romão observa ainda que o IGP-M, indexador ainda relevante para a economia, perdeu muita força. "O indicador terminou 2010 em 11,3%, em 2011 subiu 5,1% e, nos 12 meses até março, a variação ficou em 3,2%." Isso ajuda a segurar alguns serviços, como os aluguéis, corrigidos em geral pelo IGP-M, e também alguns preços administrados. Para colaborar ainda mais, os preços de bens duráveis (como automóveis e eletroeletrônicos), expostos à concorrência dos produtos importados, caíram 0,8% no IPCA no primeiro trimestre.

Com tudo isso, os núcleos de inflação também têm se desacelerado. O núcleo do IPCA por dupla ponderação, que diminui o peso dos itens mais voláteis, ainda está em alta de 6% nos 12 meses até março, mas tinha batido em 7,35% até setembro, na mesma base de comparação. Para Romão, o IPCA deve ficar em 4,8% neste ano, enquanto Quadros acha mais provável um número na casa de 5%. Akira tem projeção oficial de 5,1%, mas deve revisá-la para baixo.

No IGP-DI de março, surgiram alguns sinais de uma inflação mais pressionada. A forte alta dos preços de soja, causada por problemas climáticos ocorridos no Sul do Brasil, foi o principal motivo que explicou a aceleração do IGP-DI de fevereiro para março, de 0,07% para 0,56%, segundo Quadros. A soja subiu 10,9% no mês passado. Com isso, os preços no atacado, com peso de 60% no IGP-DI, avançaram 0,55% em março - em fevereiro, haviam recuado 0,03%. No ano, o aumento é modesto, de 0,53%.

Os preços ao consumidor no IGP-DI, por sua vez, também se aceleraram, fechando março em 0,6%. Uma das fontes de pressão veio do grupo vestuário, que subiu 0,61% no mês, bem acima do 0,02% do mês anterior. No IPCA, as cotações do vestuário caíram 0,61% em março, surpreendendo os analistas, por contrariar a sazonalidade.

Os preços do algodão no atacado caíram 38% nos 12 meses até março, o que poderia ajudar a puxar as cotações de vestuário para baixo. A questão é que isso não apareceu no indicador da FGV. Para Quadros, é possível que diferenças de métodos e locais de coleta expliquem a divergência entre a variação dos preços do grupo no IPCA, do IBGE, e o IPC, da FGV. Com o tempo, os dois tenderiam a convergir. No primeiro trimestre, o IGP-DI subiu 0,93%. Nos 12 meses até março, o avanço foi de 3,32%. 

ALIMENTOS DEVEM SEGUIR EM ELEVAÇÃO

As cotações internacionais dos produtos alimentícios, que dobraram nos últimos dez anos, devem seguir em alta, segundo análise do presidente da Brasoja, Antônio Sartori. O petróleo, segundo ele, apresentou elevação dez vezes superior no mesmo período e que, pela sua influência na logística e nos insumos, o combustível segue forçando essa tendência de alta dos alimentos. 

À frente da corretora de cereais, Sartori classifica o cenário como “agroinflação”. “Existe uma relação direta entre o petróleo e as commodities agrícolas, que nos últimos dez anos dobraram de preço. Só que, nos 20 anos anteriores a esse período, os valores caíram. Agora apenas se está recuperando o que tínhamos há 30 anos”, argumentou ele, no Tá na Mesa, promovidopela Federasul. Para Sartori, embora a sociedade reclame dos preços dos alimentos, os custos atuais ao consumidor final não são altos. Para ele, o quilo do frango próximo a R$ 2,00 e os preços cobrados pela farinha de milho e pelos subprodutos do trigo são exemplos de como a alimentação tem custo acessível atualmente.

A estimativa de que entre 2010 e 2020 a população mundial aumente em 700 milhões de pessoas reforça a tese de Sartori sobre a tendência de alta dos alimentos mesmo que nesse mesmo período, a parcela da população que vive com menos de US$ 2,00 ao dia passe de 720 milhões para 1,5 bilhão de pessoas. “A velocidade do aumento do consumo é superior à velocidade do aumento da produção. Consequentemente trazemos os estoques para baixo e levamos os preços a patamares mais altos. Realmente é explosivo o que pode acontecer”, salientou.

Ao avaliar o mercado gaúcho da soja, Sartori ressaltou que a estiagem deve provocar uma queda significativa das exportações do Estado. Segundo ele, o volume, que no ano passado foi de 5,85 milhões de toneladas, não deve ultrapassar 1,8 milhão de toneladas neste ano, com um impacto direto na economia gaúcha. Ele observou que hoje os produtores gaúchos conseguem negociar a soja a R$ 53,00 a saca, quando no ano passado, nessa mesma época, o preço era de R$ 44,00. Alta que, na sua avaliação, não compensa as perdas da produtividade.

Sartori evitou fazer projeções para as safras futuras da oleaginosa, já que o número de fatores que interferem nas tomadas de decisão dos produtores é muito grande, o que torna o mercado “muito volátil e perigoso”. Observou, porém, que existe uma tendência de antecipação da comercialização da soja a ser plantada nesse ano pelo sistema troca-troca (em que as cooperativas fornecem sementes e insumos pela colheita futura). “Hoje existiria no Rio Grande do Sul comprador pagando R$ 54,00 a saca, mas o produtor ainda não está vendendo, já que há a expectativa de preços dolarizados mais altos”, lembrou, fazendo referência à estiagem que aflige os Estados Unidos, a pior desde 1930. “O plantio lá deve começar na segunda metade de abril e a antecipação da venda da safra no Estado deve começar nas próximas semanas. No ano passado isso só foi feito em agosto”, disse ele, ao indicar que na região Centro-Oeste, onde os produtores estão mais endividados e os custos logísticos são maiores, 50% das lavouras que serão plantadas em 2012 já foram negociadas a R$ 50,00 a saca.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Vendas reais dos supermercados sobem 11,58%

As vendas reais nos supermercados cresceram 11,58% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a janeiro deste ano, o faturamento dos supermercados recuou 0,18%. No primeiro bimestre, as vendas aumentaram 7,57% em relação ao ano passado. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Segundo o comunicado, a queda das vendas em relação a janeiro já era esperada por conta do efeito calendário. Em relação ao crescimento ante fevereiro do ano passado, a Abras avalia que o resultado "surpreendeu positivamente", mostrando que o setor conseguiu atrair parcela significativa do aumento da renda do trabalhador ocorrido no período, sobretudo pelo aumento de 14,1% do salário mínimo no início deste ano.

PREÇOS - Os preços nos supermercados da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo, como alimentos, limpeza e beleza, medidos pela GfK, apresentaram queda de 0,25% em fevereiro ante janeiro, para R$ 316,10. Já na comparação com fevereiro de 2011, o valor da cesta avançou 5,83%, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em parceria com a GFK.

Os produtos com maiores altas em fevereiro ante janeiro foram feijão (+11,52%), cebola (8,75%) e café (4,06%). As maiores quedas no período ficaram para os produtos tomate (-21,34%), farinha de trigo (-4,23%) e farinha de mandioca (-3,83%).

SUSTENTABILIDADE

Mais de 60% das capitais brasileiras proíbem uso de sacolas plásticas em supermercados


Mais de 60% das capitais brasileiras – 17 das 27 capitais - aprovaram leis que proíbem ou que regulam o uso de sacolas plásticas em supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Em pelo menos três capitais – Manaus, Fortaleza e Curitiba – há projetos tramitando na Câmara Municipal sobre o assunto. Entretanto, aprovar a lei não significa colocá-la em prática. Em diversas cidades há ações na Justiça para suspender a aplicação da norma.

Em Recife, a Justiça considerou inconstitucional a lei que obriga o fornecimento, por parte dos comerciantes, de sacolas oxibiodegradáveis (que contém um aditivo que causa degradação mais rápida). O argumento é que o município não pode legislar sobre matéria de meio ambiente. Essa competência, segundo a Constituição, cabe à União, aos estados e ao Distrito Federal.

O município de Recife recorreu da decisão. Se o pedido de recurso for acatado pelo Tribunal de Justiça local, a matéria seguirá para decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Enquanto isso, a ação fica suspensa.

Na maior cidade do país, São Paulo, a Justiça também considerou a lei inconstitucional. Entretanto, foi assinado um acordo com a Associação Paulista de Supermercados para que, até 3 de abril, os estabelecimentos forneçam caixas de papelão gratuitamente ou sacolas biodegradáveis por R$ 0,19 e ecobags por R$ 1,80. A partir de 4 de abril, os consumidores deverão transportar suas compras em sacolas próprias.

O ideal, segundo o presidente do Instituto Sócioambiental dos Plásticos (Plastivida), Miguel Bahiense, é o uso racional das sacolas plásticas. Ele destacou que estudos mostram que sacolas plásticas têm melhor desempenho, inclusive no acondicionamento de lixo, do que outras embalagens.

“Num aterro sanitário 0,2% é sacola plástica, 65% são material orgânico. A saída é ter incineração, reciclagem energética. Dizer que as sacolas abarrotam os aterros sanitários é uma mentira deslavada”, disse. “É preciso ter sacolas resistentes e que seu uso envolva preservação ambiental e uso consciente”, completou.

Para a fundadora da Fundação Verde (Funverde), Ana Domingues, a solução é acabar com as sacolas plásticas e educar o consumidor a usar engradados ou sacolas retornáveis. Caixa de papelão, segundo ela, deve ser a última opção. “Já passou da hora de banir as sacolas. Não tem lógica usar um segundo pra fabricar um produto, usar por meia hora e demorar 500 anos para tirar do meio ambiente”, comentou.

Abandonar a sacola plástica tem sido a decisão de muitos consumidores, mesmo antes de leis regularem o assunto. A dona de casa Maria do Carmo Santos, por exemplo, diz que as sacolas retornáveis oferecem maior resistência, durabilidade e segurança para as suas compras. “Eu já abandonei o uso das sacolinhas de plástico há muito tempo. Elas poluem demais e sujam nossa casa. Eu até faço coleção dessas sacolas ecológicas que são lindas, práticas e duram muito mais do que as de plástico”, disse.

A dona de casa Graciana Maria de Jesus tem a mesma opinião. Para ela, as sacolas plásticas oferecidas no mercado não são de boa qualidade. “Essas sacolinhas de mercado não valem nada! Além de a gente passar raiva, porque rasgam com facilidade e nem para colocar no lixo servem. Comprei essa bolsa (ecobag) que dá para colocar mais produtos e para carregar é bem melhor”, disse.

CAMPANHA DE OLHO NA VALIDADE - Paraíba

PB: Consumidor que encontrar produto fora da validade ganhará outro em bom estado


O consumidor paraibano que identificar, antes de passar no caixa, produtos com validade vencida nas prateleiras de supermercados ou estabelecimentos comerciais, receberá imediatamente outro produto idêntico e próprio para o consumo sem pagar nada por isso. A medida faz parte de uma campanha intitulada "De olho na validade".

O termo de compromisso para que a campanha seja eficazmente cumprida foli assinado por representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Procon-PB, Vigilâncias Sanitárias, Instituto de Metrologia e Qualidade (Imeq), sociedade civil organizada e Associação dos Supermercados da Paraíba (ASPB).

Os clientes que só constatarem o prazo de validade vencido após a passagem pelos caixas terão os direitos de troca e reembolso previstos no Código de Defesa do Consumidor garantidos.

A cada três meses, os órgãos de defesa do consumidor vão se reunir para avaliar e discutir os resultados da ação, que terá duração de um ano. 

A campanha tem como objetivo agilizar a troca de produtos com validade vencida e melhorar a qualidade do serviço prestado pelo setor aos consumidores.

CÓDIGO DE DEFESA - A Lei 8078/90, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) assegura, além da reparação pelos danos causados, a imediata substituição ou devolução dos valores havidos em razão da aquisição de bens e produtos impróprios para o consumo.

Cachaça do Brasil

Dilma Rousseff entregará hoje ao presidente americano Barack Obama uma garrafa de cachaça brasileira (Velho Barreiro) cravejada de diamantes. O mimo, em edição limitada, custa R$ 212 mil. O presente será para brindar o reconhecimento da bebida, pelos americanos, como um produto genuinamente brasileiro.

Até agora, os rótulos das garrafas deveriam conter a expressão "Brazilian Rum", o que dificultava a diferenciação e o marketing do produto. O reconhecimento garante que a cachaça será considerada um produto tradicional e exclusivo do Brasil -assim como um espumante só é denominado champanhe se tiver origem na região de mesmo nome, na França.

Em troca, o Brasil vai reconhecer como legitimamente americanos os uísques do tipo Bourbon e Tenessee.

O processo será iniciado com uma troca de cartas entre o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e Ron Kirk, representante de comércio dos EUA.

De janeiro a novembro de 2011, foram exportados US$ 16 milhões de cachaça. Desse total, pouco mais de 10% foi vendido para os EUA.

Prematuro fim da sacola plástica nos supermercados paulistas

Os supermercados paulistas se deram mal querendo acabar com as sacolas plásticas. Por isso, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) convidou o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, para contar como foi a frustrada experiência de São Paulo. Será durante a tarde desta quarta-feira no Hotel Deville em Porto Alegre, com entrada gratuita. Esta já é a segunda edição do Fórum Agas das Sacolas Plásticas, com a pergunta se é problema ou solução. Ele irá reunir biólogos, engenheiros químicos, autoridades políticas, ambientalistas, especialistas em direito ambiental, varejistas de diversos setores, indústria e consumidores para discutir o rumo que se deve dar a esta questão no Brasil.

Veículo: Jornal do Comércio - RS