sábado, 11 de fevereiro de 2012

Indústria de alimentos descobre o poder das compras inteligentes

Convenientes e inteligentes, os códigos QR agregam valor à prateleira do supermercado
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Saber mais, estar melhor informado e comprar de forma mais inteligente. A partir destas premissas, a indústria de alimentos está descobrindo o poder dos códigos de resposta rápida ou Quick Response codes (códigos QR). A partir de um código bidimensional formado por campos branco e preto impressos nas embalagens e que podem ser escaneados por smartphones, os consumidores podem acessar diretamente informações digitais sobre produtos e mensagens da marca via internet móvel. Os consumidores podem até usar os códigos QR para inteirar-se sobre promoções e concursos, diretamente da prateleira do supermercado. Os códigos QR comunicam informações sobre o produto, bem como novas ferramentas de marketing.
De onde vem o cabo da minha panela? De onde vêm as laranjas do meu suco? Onde são criadas as vacas que produziram o leite que estou consumindo? Atualmente, os consumidores querem saber tudo sobre os alimentos que compram. Os códigos QR são uma forma moderna dos fabricantes de alimentos manterem os consumidores informados. As pessoas podem acessar a informação convenientemente a partir de seus telefones celulares, usando um aplicativo (app) QR ao invés de acessarem a internet. “Através da rede móvel os consumidores podem obter informações adicionais sobre os produtos, com um esforço mínimo. E estamos apenas descobrindo do que esta tecnologia é capaz”, explica Martin Heorrenbrück, Head of Global Marketing and Business Development da SIG Combibloc, sobre as tendências atuais para alimentos e embalagens.
Também nas embalagens cartonadas da SIG Combibloc os fabricantes de alimentos estão incorporando os códigos QR que dão ao consumidor informações sobre o produto ainda na prateleira do supermercado. A empresa de alimentos da Macedônia, Mlekara AD Bitola, por exemplo, está usado o código QR nas embalagens da linha de sucos 100% BiFruit. Os códigos QR levam o consumidor, a partir de um link digital, a um website especial que oferece receitas de diferentes coquetéis sazonais. Há também um link para a página BiFruit no Facebook, com notícias atualizadas. Igor Ivanovski, Gerente de Categoria para sucos da Mlekara AD Bitola completa: “A ideia por trás da tecnologia é fazer contato direto com os consumidores. Estamos interessados nas pessoas, em suas necessidades e no que elas pensam. O link com redes sociais é claro. As páginas acessadas via smartphones são desenhadas para serem compatíveis com os dispositivos móveis. A abordagem triangular (QR Codes – Smartphones – Mídia social) afunila o poder de três ferramentas em uma plataforma condensada de comunicação − possibilitando aos consumidores acesso a todas as informações de uma só vez.”
A empresa espanhola J. García Carrión está com uma abordagem semelhante sobre os códigos QR: eles ligam o consumidor a uma promoção e aos sites de mídia social da empresa como Facebook, Twitter e ao portal local Espanhol ‘tuenti’. Os códigos estão impressos nas embalagens de sucos da linha Don Simon e das bebidas Frutas + Leche. José García Carrión, Presidente e dono da J. García Carrión explica: “as pesquisas mostram que o interesse do consumidor na internet móvel está crescendo. Como isto se aplica mais aos consumidores jovens, este é o nosso foco com os códigos QR. Os códigos nas embalagens abrem novas possibilidades de atingir consumidores de grupos específicos”.
Supermercado virtual
A fusão simbiótica entre os mundos digital e real, como dado em um exemplo da Coreia do Sul, talvez ainda tenha um longo caminho a ser percorrido em outras partes do mundo. Mas já existem bons exemplos. Um varejo Britânico criou painéis nas paredes de uma estação do metrô, mostrando prateleiras de supermercado cheias de produtos do tamanho real e abriu um supermercado virtual. Cada produto tem um código QR que permite aos passageiros comprarem online usando seus smartphones enquanto esperam pelo trem. Os consumidores podem inclusive pagar pelo telefone e as compras são entregues em sua casa. Em poucos meses, de acordo com informações fornecidas pela empresa, as vendas online cresceram 130%. Como explica Martin Herrenbrück: “O uso de smartphones como ferramentas normais de compra atingirá velocidades diferentes em diversas partes do mundo. Mas as pesquisas dos experts mostram que se a tendência atual continuar, dentro dos próximos 20 a 30 meses haverá mais telefones móveis conectados à internet do que PCs. Mas em comparação ao setor industrial, por exemplo, a indústria de alimentos ainda é mais relutante à introdução dos códigos QR. Contudo, é preciso dar um passo rumo ao futuro digital, especialmente se a empresa quiser das um passo decisivo rumo ao seu mercado alvo”.

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